quarta-feira, 5 de junho de 2013

Conceitos básicos do Turismo: visitantes, turistas e excursionistas

TEORIA GERAL DO TURISMO - TGT
  
                Introdução
Desde as primeiras décadas do século XX, vários setores envolvidos diretamente com a atividade turística procuravam entender e, de alguma forma, controlar determinadas variáveis desse mercado  Contudo, para intervir de forma equilibrada no mercado, especialistas da área precisavam de uma definição de turista, com o intuito de diferenciá-los de outros viajantes e ter uma estrutura comum que referenciasse a construção de estatísticas que pudessem ser comparáveis.
De acordo com Beni (2001), o objetivo da viagem, a duração da viagem e a distância viajada caracterizaram-se como os três principais elementos para a construção de diferentes definições de turistas. Atualmente, é estabelecido que os viajantes são clientes de ser­viços turísticos, não importando que fatores os motivam. Porém, de acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), esses consumidores podem ser classificados em turistas, excursionistas e visitantes.

                                                                                                                                                            
Turista, excursionista e visitante – conceituação
técnica

Da mesma forma que a definição da palavra turismo promoveu uma série de discussões acadêmicas e mercadológicas, muitas definições para a palavra “turista” foram mediadas até que a Comissão de Estatística da Liga das Nações, em 1937, chegou a uma referência mais ampla sobre o tema.
Segundo Beni (2001), a primeira dessas definições de turistas referia-se ao turista internacional como “a pessoa que visita um país que não seja o de sua residência por um período de, pelo menos, 24 horas”. Cabe ressaltar que essa foi a base de definições posteriores.
Em 1954, a Organização das Nações Unidas (ONU), conceituou turista como:
Toda pessoa sem distinção de raça, sexo, língua e religião que ingresse no território de uma localidade diversa daquela em que tem residência habitual e nele permaneça pelo prazo mínimo de 24 horas e máximo de seis meses, no transcorrer de um período de 12 meses, com finalidade de turismo, recreio, esporte, saúde, motivos familiares, estudos, peregrinações religiosas ou negócios, mas sem proposta de imigração.
Beni (2001) destacou que, em 1963, as Nações Unidas recomendaram definições de “visitante e turista” para fins estatísticos internacionais, e concluiu:
para propósitos estatísticos, o termo “visitante” descreve a pessoa que visita um país que não seja o de sua residência, por qualquer motivo, e que ele não venha a exercer ocupa­ção remunerada.
Dessa forma, turistas são visitantes temporários que permanecem pelo menos 24 horas no país visitado e cuja fina-lidade da viagem pode ser classificada sob um dos seguintes tópicos: lazer (recreação, férias, saúde, estudo, religião e esporte), negócios, família, missões e conferências. Excursionistas são visitantes temporários que permaneçam menos de 24 horas no país visitado (incluindo viajantes de cruzeiros marítimos). Essa definição foi então aprovada em 1968 pela Organização Mundial de Turismo (que se chamava, na época, União Internacional de Organizações Oficiais de Viagens), que passou a incentivar os países a adotá-la (BENI, 2001).
Os turistas, segundo Cooper (2001), podem ser caracterizados em diferentes tipologias ou papéis que exercitam a motivação como uma força energizante, vinculada a necessidades pessoais. 
O uso adequado da palavra turismo está relacionado a viagens de prazer, mas isso excluiria as viagens de trabalho. Segundo Cooper (2001), já é uma prática padrão incluir, como turistas, não apenas as pessoas que viajam por prazer, mas também aquelas que viajam por razões de trabalho, visitas a amigos e parentes ou mesmo para fazer compras.
A Figura 1 construída pela OMT apresenta e divide todos os viajantes que cruzam as fronteiras, explicitando aqueles que devem ser incluídos nas estatísticas de turismo (chamados de visitantes) e aqueles que não devem.
Convém destacar que o critério proposto pela OMT, que define quem incluir ou não, é baseado no propósito de visita.


1. Tripulação de barcos ou aviões estrangeiros em reparos ou escala e que utilizam os alojamentos.
2. Pessoas que chegam a um país num barco de cruzeiro (tal como define a Organização Marítima Internacional, OMI, 1965) e que estejam alojados a bordo, ainda que desembarquem para realizar visitas de um ou mais dias.
3. Tripulação que não é residente no país visitado e que permanece nele durante o dia.



4. Visitantes que chegam e saem no mesmo dia por lazer, recreação ou férias; visitas a parentes e amigos; negócios ou motivos profissionais; tratamento de saúde, religião/peregrinações; outros motivos, incluindo trânsito de visitantes de um dia que vão e voltam de seus países de origem.
5. Conforme tem sido definido pelas Nações Unidos nas recomendações sobre estatísticos de Migrações Internacionais, 1980.
6. Que não abandonem a área de trânsito do aeroporto ou do porto, incluindo o traslado entre estes.
7. Conforme definido pela Alta Comissão para os refugiados, 1967.
8. Quando se deslocam para outros países onde estão ou inversamente (incluídos funcionários e pessoas que acompanham ou se reúnem com ele).

Ainda segundo Cooper (2001), os visitantes internacionais são divididos de acordo com o fato de haver ou não uma estada no país: se há, então o visitante é entendido como turista; caso contrário, ele é o visitante de um dia, também chamado de excursionista. Em resumo, para propósitos de classificação dos viajantes internacionais:
• Visitante é um viajante quando é incluído nas es­tatísticas de turismo, com base em seu propósito de visita, que pode incluir férias, visitas a amigos e trabalho.
• Turista é um visitante que passa, pelo menos, uma noite no país visitado.
• Visitante de um dia é o que não passa a noite em uma hospedagem, privada ou coletiva, no país visitado. As­sim, por exemplo, aqueles que retornam ao navio ou trem para dormir são considerados visitantes de um dia ou residentes.
• Residente é uma pessoa que vive em uma cidade por um período superior a seis meses.
Para Cooper, ainda que busquemos definições abrangentes de turismo, os turistas são, na prática, um grupo heterogêneo, com personalidades e experiências diferentes, podendo ser classificados em duas formas básicas, relacionadas com a natureza de suas viagens:
1. Pode-se fazer uma distinção básica entre turistas do­mésticos e internacionais. O turismo doméstico diz respeito às viagens de residentes dentro do seu próprio país e o internacional diz respeito a viagens fora do país de residência, podendo haver implicações em termos de moeda, língua, vistos.
2. Os turistas também podem ser classificados pela catego­ria “propósitos de visita”, sendo eles:
• lazer e recreação, incluindo férias, esportes e visitas a parentes;
• outros propósitos turísticos, incluindo turismo de estudo e saúde;
• profissional e de negócios, incluindo reuniões, missões, turismo de negócios e incentivo.
Podem-se classificar turistas também desde seus estilos de vida até sua percepção de riscos e familiaridade, e  


 Resumo

O termo turista refere-se a pessoas que se deslocam para além de sua residência original. Contudo, existem certas imprecisões nessa definição, em decorrência do difícil ajuste entre a realidade e os conceitos que se configuram a partir de perfis bastante diferenciados mas em muitos pontos coincidentes. Essas coin-cidências podem produzir situações aparentemente parecidas, embora nem sempre com resultados iguais.
Em decorrência da dificuldade da definição de turista, foi apre-ciada, em 1963, na Conferência das Nações Unidas, em Roma, o conceito de visitante, que designa qualquer indivíduo em deslocamento para um local (país, região ou cidade) diferente daquele em que habita, desde que nesse novo ambiente não exerça atividade remunerada.
Nesse conceito, ficam englobadas as definições de turista e excursionista. Turista é definido como o visitante que permanece pelo menos 24 horas no local visitado e cujos motivos da viagem estão agrupados em lazer (férias, prazer, religião, prática de esportes, tratamento de saúde e realização de estudos), negócios (interesses particulares, missões e reuniões) e razões familiares. Excursionista é o visitante temporário que permanece no local visitado menos de 24 horas.


Currículo Acadêmico...

Disponho meu Curriculo Lattes para apreciação.
bjim 
: )

SEJAM MUITO BEM VINDOS AO MEU MUNDO ACADÊMICO..

Olá queridos Acadêmicos do Curso de Bacharelado em Turismo da UNEMAT- Universidade do Estado de Mato Grosso.
Hoje inicio postagens de materiais de interesse de um turismólogo.
Este espaço principalmente deverá ser utilizado para download de materiais das aulas, conferências, informações complementares, leituras e fórum.
Boa Pesquisa.
Bjim 
: )